sábado, 23 de outubro de 2010

Poetas Velhos

Bom dia, poetas velhos.
Me deixem na boca
o gosto dos versos
mais fortes que não farei.

Dia vai vir que os saiba
tão bem que vos cite
como quem tê-los
um tanto feito também,
acredite.

Paulo Leminski

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Amor é de lei

Dívida de amor se paga em beijo
Não há perdedor, nada se perde
Não se planta flor num azulejo
Nem se colhe sol se a noite impede

Dúvida de amor é como um vício
Depende da dor, nos escraviza
Inferniza o ser, vira um suplício
Congela o calor, nada se cria

Dádiva de amor nunca se avisa
Simplesmente dá de mão beijada
Chega de repente, vem do nada
E tudo se transforma em alegria

Paulinho da Viola e Sérgio Natureza