Sonhei que o cervo ferido pedia perdão
ao caçador frustrado.
(Nemen Ibn el Barud)
De repente tu
recostada em um claro bosque
manjar sereno
intacto?
Estiquei o arco
e disparei
sobre ti
rápidas palavras
rede para caçar o inascível.
Porém nenhuma letra
foi salpicada por teu sangue:
entre um adjetivo e outro
saltaste
mais veloz que a luz da flecha.
Uma vez mais
minha palavra não alcançou a Poesia.
Ilesa
sobre o ramo de uma árvore
porém com lágrimas nos olhos
me suplicavas:
"Tenta novamente,
tenta novamente".
Eduardo Langagne
Nenhum comentário:
Postar um comentário