tenhamos para as coisas
à noite
a paz das resignações
tenhamos (sem loisas)
se amanhece
a turbulência das aves
sejamos múltiplos
mais que dois
depois que enternece
triplos de tudo
bocados
(só bocados) do infinito
sejamos rebeldes
com poesia
o derrubar muralhas
com trombetas
e já agora
tambores
vozes
danças
taças de vinho
rebeldes
com taças de vinho
embriagados de amor
tenhamos para as coisas
o ninho de nada
sejamos azuis
como os poetas
e doutras cores...
Filinto Elísio
Nenhum comentário:
Postar um comentário